27 de jun. de 2009

Tempo, tempo, tempo.



Tempo, coisa efêmera. Como 24 horas podem nos afetar tanto? Somos tão dependentes de alguns minutos, alguns segundos. Quem nunca passou por essa experiência: O despertador toca as 8:00 da manhã, você da uma olhada, desliga o alarme e volta a dormir pensando que só vai dar mais 5 minutos de cochilo. Passam 40 minutos, você acorda sobressaltado e vê que já são 8:40 e você tinha que sair de casa às 9 horas. Vai correndo até o banheiro, toma um banho em 5 minutos, faz a barba, se corta. Se troca em 10 minutos, pega uma maça, a mala e vai para o carro. O trânsito já está infernal às 9 da manhã e aí, você chega 1 hora atrasado no trabalho. Pra sua surpresa, seu chefe está em sua sala, sentado em sua mesa te esperando com um relatório que você já deveria ter feito. Ok, quem nunca passou por isso? O tempo... Esse danado!As impontualidades da vida, o tempo que corre sem nenhuma pausa se quer, nos faz perceber que cada segundo é essencial. E o que é o essencial? Simples... O essencial é o especial, o indispensável, importante, preciso e o característico. Conseguiu entender? Vou explicar. Vamos mudar essa rotina... Você acorda assim que o despertador toca, não muito feliz, mas acorda sabendo que precisa estar em pé para não se atrasar. Consegue ficar pronto as 8:40 e toma um café em 10 minutos e sai de casa sem pressa. Pega um pouco de trânsito mas chega na hora no trabalho. Assim que entra em sua sala, da de cara com a moça nova da recepção que, estranhamente, sorri para você mesmo sem te conhecer, coisa que ninguém fazia. Você começa a conversar com ela desde o primeiro dia e além de ter a obrigação de acordar para trabalhar, tem um motivo a mais para usar aquela colônia gostosa. E os dias vão se passando, e aí, você começa a perceber que se você não tivesse levantando àquela hora, aquele instante, talvez você pudesse até conhecer aquela moça, mas não daquela forma. Entende?Além da impontualidade desse tal de tempo, a impontualidade do amor também está por aí. Onde já se viu achar o seu príncipe encantando no bar da esquina, tomando guaraná? Ou então na casa de um amigo ou amiga? Pois é. O amor e o tempo são realmente estranhos e deliciosos.Usar o tempo com sabedoria seria talvez a melhor coisa a se fazer, usar os segundos, milésimos e horas de uma forma que se eternizem. Sim, o tempo pode se eternizar. Todos dizem que o tempo nunca para, o tempo corre e às vezes nem percebemos. Mas, diz aí: Quem nunca sentiu o tempo parar por 5 minutos em um beijo ou em um abraço? Quem nunca sentiu o tempo parar junto com uma risada de deixar as bochechas doendo? Nós temos a opção de fazer o tempo parar quando quisermos, isso é fato. Não podemos controlá-lo pelas forças da natureza ou forças cósmicas, mas esses instantes que parecem infinitos são os que tornam a nossa vida uma junção de complementos e fragmentos maravilhosa.O que temos feito com nosso tempo? Temos perdido com brigas e discussões sem nenhum sentido? Será que temos mesmo todo esse tempo pra perder? A vida é rara demais, como dizia nosso querido Lenine.Por isso, não devemos entrar em pânico com o tempo, e nem com a impontualidade do amor. Basta fazermos acontecer, basta não adiarmos nosso tempo e aceitar que a hora é agora. A hora de viver está bem aí, no seu pulso esquerdo e você simplesmente a usa como mais um dia de 24 horas e 1.440 minutos. O que você vai fazer com o tempo agora? Só você sabe.

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