28 de jul. de 2013

Sentir-se Só


Quem nunca sentiu-se só? A solidão do domingo a tarde, do vazio na cama, da falta do abraço sincero. Tenho me sentindo muito só a muito tempo. Não só no sentido amoroso, mas em relação a amizades que foram embora.
Não me vejo mais com amigos. Passo os dias sozinhas, não recebo emails, mensagens, recados. As ultimas pessoas que apareceram em minha vida sumiram em menos de uma semana. Me fizeram gostar delas e até começar a construir uma amizade, e ai, do nada, cadê? Eu realmente não sei o que acontece. As vezes acho que eu sou realmente o problema. Muito carinho? Me importo muito? Não sei.
O fato é que sempre foi muito difícil estar comigo mesma. Eu ainda tenho aprendido a conviver com meus pensamentos e momentos de solidão. As vezes até consigo ficar só sem me sentir mal ou sem pensar coisas que me façam ficar mal. Mas as vezes sinto uma falta absurda de ter alguém ali só pra rir comigo.
Cada dia que passa sinto que o meu lugar não é aqui. Sinto vontade de ir embora e recomeçar em outro lugar, com outras pessoas e novas coisas, participar de algo que sinta que precise de mim, ter pessoas que sintam minha falta e que queiram estar comigo pelo meu jeito.
Eu animo, converso. As pessoas me tem fácil demais e usam disso pra o bem delas naquele momento. Esse final de semana foi a divisão que eu precisava viver. Percebi quem eu realmente preciso estar ao lado, e não quem está alí porque eu sou só a segunda opção. Cansei de ser a segunda opção de todas as pessoas, queria ser mais.
Dizem que a solidão enlouquece. Mas isso só pode ser colocado a prova quando você convive com as pessoas e descobre que na verdade são as pessoas que te enlouquecem com tantos problemas. Sempre absorvi os sentimentos e agonias das pessoas, sempre procuro lutar e não deixar ninguém desistir. E hoje me vejo completamente sozinha.
Escrevo simples palavras como essas e choro. Há muito tempo não expressava lágrimas em palavras. Algumas horas na vida as coisas ficam pesadas e quando falta alguém pra dividir, isso dói mais ainda. Esse texto não é pra ter sentido, muito mais pra ter as coisas em uma ordem correta porque pela primeira vez não pensei pra fazer um texto, isso é exatamente o que estou sentindo hoje.
Hoje foi mais um dia de solidão, e no final de tudo eu fico um pouco grata por ter sobrevivido.


23 de jul. de 2013

A Barba e os Sentidos



Toco tua boca e todo o formato dela. De olhos fechados e somente com a ponta dos meus dedos consigo visualizar todo o formato dos seus lábios inferiores carnudos e o ar quente de suas narinas chegando perto de minha no boca. Somente com os dedos consigo desenhar a boca que desejo, a boca que me deixa embriagada.
Aos poucos sinto teus pelos encostando em meu pescoço, minha orelha. Fazem cócegas, arrepiam, brincam encantados com minha pele. Minhas mãos entrelaçam seus cabelos cacheados e bagunçados, te puxo para perto de mim de um jeito doce e ao mesmo tempo demonstrando desejo. Mordem-se os lábios, a língua. Sinto o gosto do café em sua boca, gosto que poderia sentir a cada manha para despertar. Fico embriagada com seus beijos, seu corpo, tua barba entrelaçando meus dedos.
A cada segundo a respiração aumenta, as mordidas são doces leves. Torna-se uma só boca, uma só saliva, um só corpo. E por um segundo ou por longas horas o mundo lá fora perde completamente a importância. Se estou ali, com você, nada precisa mais existir. 
Voce faz graça, roça a barba entre minhas coxas, meus seios. A pele branca fica vermelha, quente, torna-se uma chama desejo acendida pelo carinho de uma barba. Roupas no chão, coração aberto, frio que pede abraço em baixo das cobertas. Cada parte do teu corpo cobre a minha então eu descubro que não preciso de mais nada além da tua pele. O cheiro de pele, o cheiro que me deixa enlouquecida.
A noite passa assim. Você de um lado me desejando, eu aqui sonhando. Meras palavras trocadas, jogadas ao vento, desejo preso no peito e um só pensamento: eu te desejo.

9 de jul. de 2013

Procurando um AmoRado



Me falta um amor, me falta alguém pra compartilhar vitorias e perdas. Me falta alguém que queira estar comigo pelo fato de ser eu mesma, sem ter que inventar sobre algo que não sou.
Me falta um amor verdadeiro. Alguém que não só me complete, mas me transborde. Me falta um amor que enlouqueça ao ouvir minha voz, que queira passar um domingo inteiro em baixo dos lençóis vendo filmes e jogando vídeo game. Me falta um amor que perceba que não sou perfeita e entenda que ainda vou errar muitas vezes, mas que cada erro traga mais dois acertos.
Me falta um amor que depois de uma briga não fique emburrado por um mês, que não use brigas velhas como ofensas futuras e que saiba perdoar de verdade.
Me falta um amor que queira construir uma história comigo, cheia de detalhes, loucuras, beijos e cheiros.
Me falta um amor que goste de fazer loucuras. Me amassar e me descabelar aonde não pode, me agarrar no meio de todos, gritar que me ama no meio da rua.
Me falta um amor que me deixe segura, que me abrace e me faça esquecer de tudo. Quero um amor palhaço, que me faça rir e me faça cócegas até a barriga doer, que veja um lado bom aonde tudo parece ser errado, e que não me deixe desistir.
Quero alguém que me corrija quando estiver errada, que brigue comigo quando precisar ser melhor, que queira crescer comigo sem se importar com a velocidade, e sim com a qualidade desse crescimento.
Me falta um amor alto de sorriso largo, que quando deita ao meu lado seus braços me cubram inteira.
Me falta um amor que não seja perfeito, mas que queira transformar cada momento em algo único. Me falta um amor que me ame de verdade.

3 de jul. de 2013

O Que o Amor Faria Agora?




Hoje eu me fiz uma pergunta a seguinte pergunta: O que o amor faria agora?
Diante do que tenho vivido em relação a isso, não posso deixar de compartilhar com vocês o fato de que nem sempre podemos ter tudo o que queremos. A maior parte dos nossos pedidos é uma carência, uma clemencia por atenção. O que o amor faria agora?
As coisas acontecem e temos a opção de sofrer ou não por elas. As vezes olho pro céu e não acho razão, motivo ou circunstancia. O que o amor faria agora? Cade Deus? Cadê os milagres?
Novamente a voz ecoa em minha mente: Você não pode ter tudo o que quer.
As vezes me sinto extremamente frustada, abandonada, sem saber pra onde ir. O que desejar e pedir quando não se sabe o que quer? Tenho passado por pequenos momentos e sinto uma falta absurda de um colo para compartilhar. Escrever é fuga... Fingir é morrer. Nem sempre os textos são felizes, certos, aconselhadores. Tem dias que me pergunto... O que o amor faria agora se tudo o que se passa aqui é vontade de não sentir o amor? Porque diabos acordo e procuro expectativas para viver minha vida?
As vezes eu prefiro não sentir nada. Deitar e fingir que foi só mais um dia, mais um acontecimento, mais uma lágrima.
O que o amor faria agora?
O que o amor faria se visse que ele esta sendo banido de todos os tipos de relações existentes no mundo? O que o amor faria se visse que todos estão trocando anos por uma noite? O que o amor faria se visse toda a desgraça que tem acontecido?
Estou irritada, amarga. O gosto do ópio amarga na boca e não se escorrem mais palavras belas pelos dedos.
Temos que nos sentir ameaçados para ser bons? Preciso sofrer? Eu deveria escolher pelo que sofro, escolher minhas diretrizes e caminhos.
Não queria viver a vida esperando resultados específicos. Tudo o que planejo nunca acontece e isso me frustra a cada dia que se passa em minha vida. Eu tenho decidido quem eu sou ou o que eu sou pelas escolhas que faço. Tenho medo de ser quem eu sou, porque cada vez que sou, a vida me corta, minha alma me corta.
O que o amor faria que estivesse aqui?
O que está acontecendo só esta sendo assim porque você quer. REPITO: você não pode ter tudo o que quer... O desejo em sua realidade não será aquilo que nos foi escrito, ou dito.
A pergunta que devemos fazer todos os dias é: O que o amor faria se estivesse aqui?
As vezes eu me amargo, me frustro. Enrijeço os lábios e me pergunto: o que diabos a vida quer de mim? O que eu faço agora? Qual o próximo passo?
Respostas... perguntas.

Perder tempo na vida fazendo algo ou insistindo em coisas que não vão te fazer crescer não é viver, é morrer.