13 de jul. de 2009

Descer ou subir?

Eu achava que seria mais fácil viver sem ter algo ou alguém para perder. Achava que seria muito fácil para o meu coração dizer adeus e reconstruir-se aos poucos. Você já foi embora uma vez... Porque eu não consigo viver sem você agora? Porque as noites ficam incrivelmente longas, frias e escuras sem sua mão, sem o seu gosto e os seus olhos? Escolhas... Porque cada passo que damos temos que escolher? Por Deus! É tão dificíl escolher, não acham? É dificil entrar em uma doceria e ter de escolher só um doce. É dificil entrar em uma loja de roupa e escolher somente uma blusa.
As escolhas são dificeis e totalmente presentes e necessárias em nossas vidas. Escolhas nos formam, eternizam e revelam. O que seria do ser humano sem as escolhas? Com certeza, nada. Por mais que elas nos submetam a caminhos diferentes a cada instante que se passa, são elas as responsáveis por nosso futuro. Frio na barriga. Me sinto presa em uma roda gigante há 17 anos, sem poder descer nunca, sem paradas. Como se o meu parque interno de diversão nunca se trancasse. Eu simplesmente subi, fui jogada na roda gigante e às vezes estou em cima, às vezes em baixo. Às vezes minha roda gigante para no topo, mas cisma em parar em baixo. E eu fico lá... presa. Queria poder escolher descer dessa roda, não viver a mesma rotina todos os dias, não ter que encarar as mesmas paisagens, não ter que encarar seus olhos que são os mais doces. Queria poder escolher simplesmente não sentir meu coração desparado quando vejo seu número na bina do celular, queria que minha respiração se controlasse em um abraço. Mas não... Algumas escolhas não são controladas por nossos instintos e essas são as mais perigosas. Quem me dera poder escolher... No momento, mesmo sentindo certeza de algumas escolhas, sempre tem algo para me deixar insegura, algo que me prende a você, que não me deixa ir embora sem antes entrar nos portões da sua roda gigante. Não consigo te deixar ir. Talvez não aceite essa perda... Mas ao mesmo tempo não tenho mais forças pra lutar e não posso mais escolher por você. Acredito que de certa forma, as pessoas são uma escolha. Eu fui uma escolha não escolhida. Qual a graça nisso? Qual a lógica atrás das escolhas do amor? Machucar as pessoas? Sangrar? Escolhas que nos trazem perguntas e incertezas a cada passo que damos em nosso parque de diversão pessoal. Marcas que a ausência não escolhida nos deixa, marcas que não podem ser apagadas tão rápido assim. Será que o amor só é bem grande se for triste? Eu não acho. Até porque ser triste ou feliz é uma escolha, e só gente que não sabe escolher fica perto da tristeza. Ok, eu faço parte dessa gente. Na certa, deveria ter aprendido, mas não tem jeito. Sábios se entregam ao amor e a tristeza? Preferia ser só uma aprendiz...

Nenhum comentário: