17 de ago. de 2009

Deixo flores no caminho pra você voltar

A vida é uma eterna ida e vinda. Todos os dias conhecemos pessoas boas e pessoas ruins que, por algum motivo, entram em nossas vidas e causam, ou não, mudanças. A pergunta que todos mais fazem a si mesmo é "porque ele(a) saiu da minha vida?" "porque ele(a) foi embora sem deixar nenhum sinal?"
Hoje eu acordei pensando muito nessa coisa de ir e vir. É dificil mesmo entender a ida de algums pessoas. Pode até ser comparado as estações do ano... Talvez algumas pessoas entram no outono de sua vida pra recolher as folhas que estão caindo. Talvez entram no inverno para aquecer aquele frio na barriga. Talvez apereçam aquelas na primavera, fazendo as folhas caídas no outono crescerem novamente. Ou, aparecem no verão, pra aliviar aquele calor todo.
Mas, o que acontece quando surge uma pessoa que represente todas as estações do ano juntas? Aquela que te esquenta, te esfria, junta suas folhas... E aí, ela vai embora. Não porque ela quer, mas porque os caminhos não se cruzam mais, as diferenças, o tempo... Tudo faz com que ela se afaste e siga para longe de você cada vez mais.
Começamos a sentir saudade. Saudade de todos os sentidos, gostos e sensações que o cheiro e o toque traziam. E, de repente, você começa a sentir inveja do sol que toca a pele dele, do vento que passa de leve em seus cabelos... Começa a sentir um ciúmes que por vezes não te deixa dormir, com o medo de não conseguir mais sonhar com o rosto de quem se ama. É realmente difícil deixar alguém seguir, ir embora. É realmente difícil as noites mais longas, a insônia da madrugada com os pensamentos lá em você. Dói perder seu olhar, dói sentir teu cheiro e você não estar, e dói mais ainda a falta.
Também pensei em todas as pessoas que já passaram por mim e todas as lágrimas que eu já derramei por elas. E percebi que foi uma dádiva efêmera de cada pessoa em minha vida. Cada um me apresentou uma essência, um gosto diferente. E é isso que eu carrego de cada um... O cheirinho guardado em minha memória, as palavras doces trocadas, a nostalgia presa na garganta. E quando alguém solta suas mãos e quer seguir, despeça-se.
Despeça-se de tudo aquilo de ruim que as lembraças lhe causam. Olhe em seus olhos a última vez, beije seus lábios, seu pescoço, seu queixo e se nariz de um jeito tão doce que se torna quase impossivél de dizer adeus algum dia. Os dias passam, as estações voltam... E quem sabe o que o vento pode trazer? Quem vai adivinhar o que as sensações nos preparam? Talvez ela traga de volta o seu bem querer, a sua essência.
Ventos contrários que batem em nossa face, por vezes mais forte, por vezes bem calmo. Por vezes nos fazem chorar, por vezes nos fazem respirar melhor. E a esperança da volta? A... Ela é um girassol gigante, com pétalas amarelas cobertas de ternura e sonhos que enfeitam as estantes da vida de todos. Girassóis que são despedaçados pelo caminho, deixando o leve cheiro doce, acompanhado de pequenos brilhos de luz que indicam o caminho de sua volta. E voltar, muitas vezes é um novo recomeço, é um girassol novo e mais brilhante que aparece. Por isso, deixo minha pétalas no caminho... Você sabe do meu brilho, sabe bem pra onde voltar. Mas volta, não demora. Lágrimas regam meu campo de girassóis e deixam eles mais forte a cada estação... Ainda tenho petalás de sobra para te mostrar minha direção.

"Como eu sou um girassol, você é meu sol..."

2 comentários:

Lari disse...

Cahhh q lindu isso q vc escreveu, parabéns amiga, vc eh lindaaaAA ainda mais com esses textos mt lindos também...
beijãooo florrr
=DDD

Camila Freire disse...

O meu anjo! Obrigada! Te amo muito!